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Foto do escritorCabelinho

ATÉ LOGO DAVID!

Estava eu hoje animado com mais um projeto que estamos colocando no ar pela Clube quando veio a notícia da passagem do David Coimbra. Semana passada ainda escrevi sobre referências na minha vida e o citei. Como jornalista para mim sempre será um dos melhores textos da crônica brasileira. David escrevia com maestria sobre a vida cotidiana e sobre assuntos sérios. Adorava ler suas colunas principalmente na ZH dominical.


Como é ruim dar adeus para quem a gente admira. Mesmo quem a gente nunca viu na vida. Tive uma sensação muito ruim quando Fernandão se foi. Era meu ídolo colorado. Parece que eu tinha perdido alguém muito próximo. Simplesmente fiquei arrasado. Nasci no mesmo dia do Fernandão, 18 de março, são alguns acasos que parecem que nos aproximam mais dos nossos ídolos.


A gente na real está sempre se despedindo, mesmo sem saber. Quantos abraços demos sem saber que eram os últimos? Quantas conversas tivemos sem entender que daríamos as últimas palavras? Quantos até logo já demos sem nunca mais podermos ver as pessoas na sequência.


Eu na real não sabia que tinha jogado minha última pelada no campo do lado da casa do Dudu Port. Quando joguei meu último torneio de PES com a galera, ninguém me avisou que a final contra o Samuca era a partida derradeira. E quem foi que me comunicou que a ida pra Curumim em 15 pessoas na mesma casa teria fim no verão de 2002?


As baladas que terminaram, os namoros que tiveram fim, as amizades que ficaram pelo caminho e os colegas de trabalho que a gente perde o contato. Em algum momento a gente deixa as coisas pra trás sem oficializar isso. A única coisa oficial mesmo é a nossa partida. E que a gente saiba confortar e ter conforto com os que ficam!


Até logo David, e vê se não briga muito com o Sant’anna aí em cima!





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