Em uma entrevista à Goldmine Magazine, Billy Corgan, vocalista do Smashing Pumpkins, não hesitou em criticar o Pro Tools, o software de produção musical mais famoso. Para ele, essa ferramenta é uma das razões pelas quais a qualidade da música tem decaído nos últimos anos. “O Pro Tools, de muitas maneiras, piorou a música. Ele trouxe pessoas para o mercado que nem deveriam estar lá”, afirmou Corgan. Segundo o músico, o software “nivelou o campo de jogo”, permitindo que indivíduos sem habilidades musicais parecessem profissionais. “Quem não sabe cantar ou tocar guitarra agora soa como se realmente soubesse.”

Foto: Divulgação
Corgan também comentou sobre a crescente influência da inteligência artificial na música. “Já podemos ver pessoas usando IA para gerar letras e melodias. E os serviços de streaming estão se movimentando para comprar empresas que criam música gerada por IA, sem precisar pagar humanos. Eles querem reter todo o lucro para si.”
O vocalista destacou a autenticidade do som dos Smashing Pumpkins após 30 anos de carreira. “Ainda usamos amplificadores, sem modelagem digital. É força bruta, guitarras de verdade e microfones. Acreditamos na movimentação do ar, enquanto muitos discos de rock hoje são feitos no computador.” Corgan já havia criticado o Pro Tools no ano passado, durante uma conversa com o engenheiro de som Rick Beato, comparando a ferramenta a um “filtro do Instagram”.
Os Smashing Pumpkins lançaram em agosto “Aghori Mhori Mei”, seu 13º álbum de estúdio, e em breve promoverão esse trabalho na América Latina, com dois shows no Brasil. A primeira apresentação será em Brasília, no dia 1º de novembro, na Arena BRB Nilson Nelson, seguida por um segundo show em São Paulo, no dia 3 de novembro, no Espaço Unimed.
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