por Márcio Diehl Forti
A cidade de Nashville no estado do Tennessee respira música. Localizada mais ao sul dos Estados Unidos Nashville é considerada o berço do Country. Quem curte um pouco o gênero já ouviu falar da avenida Broadway, onde se encontram os “Honky Tonks”, os populares bares aonde sempre se apresentam artistas e bandas do gênero e também vertentes como o Southern Rock e o Country Rock. O templo da música do estilo, fica em Nashville, o Grand Ole Opry que desde 1925 recebe astros da música para shows semanais. O grande Johnny Cash ganhou um museu em sua homenagem lá. Para quem gosta de música a cidade é uma grande pedida.
E Nashville é o nome da série que teve seis temporadas e mostrou muito de como funciona a indústria da música e seus pormenores. A trama gira em torno de duas personagens: Rayna James, interpretada magistralmente pela Connie Britton e Juliette Barnes, com uma Hayden Panettiere surpreendente.
Rayna trazendo para a vida real seria como uma Shania Twain. Bem sucedida, madura, mas que atualmente não bomba nas paradas. Juliette seria a Taylor Swift, sim ela começou no country e estourou com o gênero. Isso falando no comparativo musical, não na vida pessoal de ambas, que fique claro.
Nashville traz muito da relação músico e gravadora e também parte bem do ponto aonde os artistas deixaram de serem vendedores de discos para migrar para o inevitável mundo digital. Ao longo dos episódios fica nítida a força de uma gravadora e o quanto, em alguns momentos, elas influenciaram as paradas com diversas táticas não tão republicanas. Nem tudo é sonho em se tratando da indústria musical.
A série se destaca pelo cuidado musical e pela composição de diversas músicas apenas para os seus episódios. O músico Deacon Claybourne interpretado por Charles Esten é peça fundamental nessa parte e um dos fios condutores de tudo o que acontece.
Mas Cabelo por que o título da resenha? Porque Nashville é um drama, e nele não podem faltar romances, traições, mistérios envolvendo o passado de diversos personagens e até assassinatos. Os episódios contém clássicos clichês mas a série funciona bem, principalmente pra quem gosta de música. Diversas participações especiais como Zac Brown Band, Rascal Flatts, Brad Paisley, Florida Georgia Line e, vejam só, Christina Aguilera e até Elton John dão o tom da sérire.
Ao final as seis temporadas de Nashville valem muito a pena, principalmente para quem gosta de música e, ou, quer entender como funciona a indústria musical e também o pega de músicos aspirantes a estrelas do gênero.
Uma curiosidade: Nashville havia sido cancelada pela sua emissora, a ABC, após a quarta temporada. A CMT principal canal de country americano comprou os direitos após uma enxurrada de apelos de fãs da série indignados com o final da mesma. Assim sendo ela ganhou mais duas temporadas e pode acabar decentemente.
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CLUBE 885, muito mais que rádio!
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