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Foto do escritorCabelinho

TEMPO, TEMPO MANO VELHO!


Estava eu no estúdio de vídeo da rádio gravando uma entrevista muito bacana com o André Bertolucci, um dos sócios do Olivas de Gramado, quando me bateu um estalo.


O André é mestre Lagareiro, entende tudo de produção de azeite de oliva e toca junto do seu irmão Daniel o Parque Olivas, um dos lugares mais legais que se tem pra conhecer aqui na região. Ambos são sensacionais no que fazem e conhecendo bem os dois, imagino que as vezes quase se matam por terem opiniões bem fortes sobre diversas questões.

Mas o papo não é exatamente sobre o André, ou sobre o Daniel. Como poderia ser sobre o Lucas, sobre a Amanda, o Marcus, a Fernanda, a Bibiana, o Eduardo, o Mateus, o João Paulo e tantos outros meus contemporâneos.


Falo isso porque nossa geração é extremamente inquieta, empreendedora e digamos que muitos mudaram demais ao longo dos tempos. Se moldaram e demonstraram que podem e devem ser exemplos para as próximas gerações que estão vindo. Mas será que essa turma que virá na sequência, precisa desse exemplo?


Somos um elo entre a geração que não lidava com praticamente nada de tecnologia e queria ser responsável por tudo e uma que está surgindo que é extremamente o oposto. E qual das três é mais correta? Não existe isso.


Aprendemos lá atrás diversas coisas com os nossos pais e gestores a moda antiga. Quem aqui nunca ouviu a frase “o boi só engorda com o olho do dono”, querendo defender que se precisar estar quase que 24 horas cuidando do negócio. Ou a clássica “em time que está ganhando não se mexe!”. Para dizer que, se a empresa está dando lucro, é o que importa, e mudanças não deveriam ser feitas!


Nossa geração está aprendendo a delegar responsabilidades, a desenvolver ainda mais talentos, a buscar o novo e ainda a respeitar o legado deixado pelos anteriores. Tudo isso querendo inovar, querendo crescer e tendo que organizar junto a vida pessoal e a vida social! Convenhamos que não é fácil e sim, aprendemos a conviver com ansiedade, síndrome do pânico, inseguranças e muito stress! Mas seguimos em frente e tentamos evoluir cada vez mais.


A próxima geração é ainda mais desapegada dos valores que nossos pais e avós desenvolveram. Meu sonho sempre foi ter um carro. A nova geração quer um cartão de banco virtual para poder pegar Uber como quiser. Antes era Inter ou Grêmio. Hoje é natural escolherem outro time ou até não curtirem futebol. Eu rezava para chegar fevereiro para curtir o carnaval da serra gaúcha. A gurizada quer ir curtir o litoral, música eletrônica e garanto que boa parcela não sabe o que é marchinha de carnaval.


Esse é o tempo que passa cada vez mais rápido, atualiza tudo o que acontece com a velocidade de um upgrade de celular. E não adianta a gente reclamar dele, e sim respeitar e tentar andar da melhor forma possível ao lado dele!


Em tempo: um abraço ao Lucas Dias, a Amanda Selbach, ao Marcus Rossi, a Fernanda Chies, a Bibiana Bertoja, ao Eduardo Port, Mateus Neumann e ao Jota Oliveira que assim como o Daniel e o André Bertolucci, são empreendedores inovadores e inspiram colaboradores e pessoas ao seu redor! Nossa região evolui cada vez mais por cases como o destas pessoas que citei!









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1 Comment


Tiago Sartori
Tiago Sartori
Nov 30, 2022

A geração da transição. Analógica é digital ao mesmo tempo.

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